sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Numa brisa

A velha dor de perder alguém, abate-se hoje sobre mim, a saudade domina a noite e a escuridão envolve-me sem pedir licença.
Fecho os olhos, é urgente um abraço, um olhar que seja casa, seja abrigo...
Dor ingrata sem definição, tenho saudade de voar contigo, de brincarmos com as palavras e de cantarmos sem fim, de andar com a minha mão colada na tua e sentir a pele áspera de mão vivida.
Onde estas? Procuro-te numa pequena árvore, numa bela flor, numa brisa de outono que me encha o coração.
Há caminhos e caminhos, caminhos que são escolhidos por nós, uns escolhidos estratégicamente outros num impulso, uns são cheios de luz outros sombrios, outros frescos com cheiros e cores...
Há caminhos que divergem e que por ironia do destino se voltam a unir. Eu vou caminhando e gostava de saber o que há para lá da próxima curva, no entanto, há medo, há curiosidade, há vontade de te voltar a ver.


Sita 29.10.2010